Os manifestantes se posicionaram de maneira contrária ao contingenciamento de 30% no orçamento para custeio da instituição (e de todos os institutos e universidades), ou seja, a verba utilizada para pagar contas - água, luz, telefone etc. - e salários de funcionários terceirizados, por exemplo. O movimento contou também com a participação de representantes das esferas estadual e municipal da Educação, estendendo as reivindicações para todos os eixos do Ensino Público.
Antes de a passeata começar, professores, alunos e representantes externos fizeram breves pronunciamentos. O vice-prefeito de Santos Dumont, professor Gérson Guedes, e os vereadores do município Conrado Luciano Baptista e Cláudia Corrêa acompanharam o ato e conversaram com a comunidade.
Outro ponto importante da manifestação, além das reivindicações em si, foram as considerações do diretor-geral do Campus Santos Dumont, professor André Diniz. Embora tenha tranquilizado a comunidade, indicando que não há risco iminente de a instituição deixar de funcionar, ele salientou que o contingenciamento prejudicará as atividades em diversos âmbitos: a contratação de novos funcionários terceirizados (vale registrar que a área utilizada pelo campus aumentou exponencialmente nos últimos meses, e o número de funcionários é o mesmo), a compra de equipamentos para laboratórios e novos projetos de monitoria para o segundo semestre são algumas das ações inviáveis a partir do bloqueio orçamentário.
"O IF é uma rede de distribuição do conhecimento. O conhecimento não é só para quem é rico. É para todo mundo que precisa ganhar o pão dia após dia. Nós também temos direito a escolher o nosso futuro, não estamos renegados ao que aparecer para a gente fazer", comentou o professor André durante a manifestação.